terça-feira, 11 de outubro de 2016

Exu Marabo

Quando em terra viveu com o título de Feiticeiro e Bruxo em uma época medieval,no Norte da Rovaniemi(Finlândia).
O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha, e a soberana definhava sobre a cama. O rei já tentara de tudo, gastara vultosas somas pagando longas viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer dedescobrir qual era a enfermidade.Um dia, foi informado que havia um negro querendo falar com ele sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo, pediu que o trouxessem à sua presença. Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris e um colar de ossos de animais ao pescoço. Perostino era seu nome e sabia qual mal atingia a rainha.O desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real. Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de materiais naturais. Todos no palácio julgavam isso uma loucura.No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse acontecido.Além de cuidá-la, ele aprecia a beleza da moça com interesse.A jovem rainha, mostrou-se além de agradecida, fascinada pelo seu salvador.
Perostino tornou-se um homem rico e a todos curava.A ganhara também cada dia mais a atenção da jovem soberana, que demonstrava discretamente seus desejos pelo feiticeiro, por sua lealdade pelo matrimônio. Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se. Chamou-o a sua presença e pediu que ele se retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali.
O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano: mataria o Rei, e levaria consigo na fuga a bela rainha. Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real. Sem imaginar o que aconteceria, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida do rei, que caiu morto sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz.A jovem rainha, surpresa tenta fugir,mas ele sabendo que seu crime seria descoberto,a leva, embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava. Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe cobriu de feridas, e de sua amada, nada mais se soube. Alguns contam que ele a matou por ciúmes, outros por arrependimento. Alguns lugares se diz que ela seguiu só.
Apresenta-se falando pausadamente e com uma delicadeza extrema. Gosta de usar cobre em seus assentamentos. Possui um porte ereto e elegante. Astralmente se veste vermelho. Trabalha na linha negativa de Oxossi serventia do Caboclo Arranca-Toco.
O Sr. Marabô tem sua legião trabalhando no corte de trabalhos de magia negra. Sua poderosa legião também atua no corte de trabalhos ou correntes negativas em pessoas que sintam-se atingidas por espíritos perturbadores - quiumbas, promovem descargas em pessoas atingidas por despeitos com repercussão no emocional (queda de posição financeira, desemprego etc.), cortam demandas de saúde física e mental e descarga nos filhos de Oxossi.
*Caminhos*
*Marabô das Sete Encruzilhadas;
*Marabô do Cruzeiro;
*Marabô das Almas;
*Marabô Toquinho;
*Marabô Cigano;
*Marabô das Matas;
*Marabô da Calunga;
*Características*
Bebida:bebidas finas, whisky, conhaque, marafo.
Fuma:finos charutos.
Comida: Farofa com pimenta dedo de moça e bacon, ovo cozido, cebola roxa cozida, pimentão (todas as cores), milho cozido com quiabo e pimenta.
Guia:Vermelha e Preta, olho de cabra, vermelha.
Lugar:Encruzilhada,praia, cemitério, mata.
Metal:Cobre
Mineral:Quartzo Azul Escuro
Planta:Mamona, garra de diabo.
Vela:pretas, vermelhas e pretas, vermelhas ou verdes.


exu Capa Preta

Exu da Capa Preta (Musifin), se trata de uma entidade que quando vida era um padre da Igreja católica, em uma época remota, mais antiga, algumas pesquisas relatam que pode ser encontrado parte da biografia desta entidade em uma antiga colônia, hoje denominada Pensilvânia.
Foi um Bruxo com profundos conhecimentos sobre os mistérios da Magia, da Alquimia, da quimbanda e dos poderes dos feitiços praticados com os elementos através da magologia.
Conseguiu transpassar a barreira do tempo de sua própria existência através da prática da Magia e hoje incorpora em um médium para dar consultas e resolver problemas espirituais utilizando o seu conhecimento milenar, sua magia e seu poder de Exu.
Pertence a linha negativa de Oxossi serventia do caboclo Cobra Coral, esta na hierarquia cabalística como Décimo sétimo comandado de exu calunga. Seu poder esta nos cemitérios ( também existe o Capa Preta da Encruzilhada), além de realizar trabalhos dentro de seu circulo cabalístico nos terreiros de umbanda nos quais ele predomina, tem como curiador o marafó e todas as bebidas destiladas.
Ao realizar seus trabalhos se transforma num bruxo poderoso em volta da sua capa, fazendo evocações não à problemas que ele não possa solucionar.
Possui uma aparência imponente, mas crispado. Apresenta-se muito sério, fechado, taciturno. Visto em um médium que trabalha com essa entidade, que a mesma quase nunca piscava os olhos, ficando-os quase fixos e de forma penetrante.
Musifim é um Exu muito famoso por resolver problemas aparentemente sem solução, através da Magia da Kimbanda. Faz o errado virar certo e o certo virar errado como bem lhe convêm.
Tem o poder, e possui o conhecimento para fazer trabalhos espirituais utilizando os feitiços da magia para manipular os elementos que envolve os reinos vegetal, mineral e animal. Manipula estes elementos através da magia negra, para resolver problemas que envolvam negócios relacionados a área profissional, afetiva, saúde e espiritual, não importando o quão difícil seja a situação.
Seus trabalhos são eficazes, de resultado imediato, soluciona quais quer problemas dentro de 7 dias após a realização do trabalho solicitado.
Caminhos
*Exu Faca de dois gumes
*Exu Mironga
*Exu Capa Preta das Encruzilhadas
*Exu Capa Preta do Cemitério
Características
Ferramentas:Trabalha com crânio, pólvora, punhal, fita preta, bonecos, figuras, pontos riscados, terra de cemitério, caixões.
Bebidas:pinga com mel, marafo, absinto, licor, conhaque, bebidas finas.
Fuma:Charutos de boa qualidade.
Guia: vermelha e preta, preta.
Indumentária:Sua apresentação, inclusive que lhe deu o nome, é de sempre usar uma capa preta que o envolve.
Velas:vermelha e preta, vermelha ou preta.


Exu tranca Rua

Quando em vida neste plano, meados do século XIX,formou-se em medicina, e exercia a atividade de clínico geral,sendo na época a atividade mais comum, devido aos escassos avanços da medicina.Época em que se batia com copo quente nas costas e se usavam de sanguessugas para fazer curar feridas, retirar venenos e limpar o sangue. Seu martírio foi dar ao próprio pai,o fim de um sofrimento insuportável.Ele sofria de lepra, uma doença na época fatal e já estava em estado terminal. Desesperado e sofrendo muitas dores, seu pai lhe pediu para que lhe aliviasse de suas dores, tirando sua vida. Emocionado com o pedido do pai, que era muito próximo e querido, ele assim fez. Pôs fim ao seu sofrimento através de uma injeção letal. Contudo, este gesto, ele inconscientemente e interferiu nos desígnios do próprio Deus, uma vez que abreviou o sofrimento de seu pai, impediu o mesmo de quitar suas dívidas,para com o Criador, agregando para si este carma.
LINHA ESPIRITUAL
(TarchiMache, seu nome cabalístico) - Tranca Ruas - (O Guardião dos Caminhos), não é demônio que muitos acreditam que ele seja. Sua atribuição é trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Não deseja ser amado ou odiado, mas apenas respeitado e compreendido.
O Sr. Exu Tranca Ruas é o chefe da esquerda, senhor do Sétimo Grau de Evolução subordinado da Lei Maior de Ogum,razão porque todas as pessoas desta linha são, por ele considerados, seus filhos.Por ser este Exú um espírito intermediário, ligação entre o mundo espiritual e o material, ele representa o equilíbrio.
CAMINHOS
A falange de Tranca-Ruas é dividida em 7 sub-falanges. Cada sub-falange tem a direção de um Tranca-Ruas específico, como se fosse um batalhão - cada batalhão, um general.
*Tranca Ruas das Almas
* Tranca Ruas de Embaré
* Tranca Ruas das Ruas
*Tranca Ruas das 7 Encruzilhadas
* Tranca Ruas das Porteiras
*Tranca Ruas das 7 Luas
*Tranca Ruas das 7 Giras
Características
Ferramentas:Espada, adaga, ponteira, cruz, cadeados, correntes.
Bebidas:Marafo, whisky, rum, vodka,vinho branco, vermouth ou vinho tinto.
Fuma:Charutos
Vela:Pretas, Vermelhas e Pretas.
Guia: Vermelha, Vermelha e preta, com firmas em caveira, cadeados ou crucifixo.


Exu sete Encruzilhada

Por volta de 1830 ,em uma fazenda aos arredores de São Cristóvão, no Rio de Janeiro,aconteceu a história de João Afonso da Silva, homem correto de integridade e honestidade impecável, o mais velho de sete filhos, capataz de uma fazenda, na qual trabalhavam todos de sua família, terra essa que seus pais trabalharam até o fim de seus dias.
Pouco tempo depois da morte de seu patrão,o filho dele vindo da Itália assume a fazenda com mãos de ferro e muita crueldade, resultando no assassinato de seu irmão mais novo, com 16 anos, e em sua vingança, João mata o novo patrão e toda sua família.Sem ter mais o que fazer ali, ele se entrega ao mundo, se tornando um matador cruel.
Anos depois, algumas pessoas que conheciam a história da família encontram o corpo de joão sem vida, sete encruzilhadas antes de uma igreja,e todos acreditavam que ele estava tentando chegar até a igreja para tentar se redimir, daquele homem que ele havia se tornado depois da morte cruel de seu irmão caçula.
Viveu um longo período de sofrimento no Umbral,onde os sentimentos de vingança ainda lhe dominavam a alma,tais sentimentos o atormentavam muito,quando foi socorrido por uma alma solidária e amiga (Marabô), que aos poucos lhe mostrava novamente os caminhos do bem,da gratidão e do amor.
Pertence a Linha Negativa de Oxalá e vem a terra com o sentido de amenizar os sofrimentos dos humanos.
Enviado e auxiliado também pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Incorporado, se apresenta e caminha como uma pessoa normal, sem máscara de sofrimento no médium e gosta muito de se mostrar solidário e atencioso. Protege por demais os seus médiuns, dando a eles a intuição do perigo e da desconfiança quando alguma coisa não vai bem.
CARACTERÍSTICAS
Ferramentas: Alguidar, punhal, terra de 7 encruzilhadas diferentes,terra de 7 lugares diferentes (praia, mata, encruzilhada, etc...) imãs, azougues,chaves, facas, punhais, ponteiras.
Comida: Todos os tipos de carne vermelha, farofa com carne de porco e pimenta.Trabalha também com certos tipos de ervas,para a energização e descarrego do médium.
Bebida: Bebidas finas em taça (destilados).
Fuma: Charuto de boa qualidade.
Guia: Vermelha e preta, preta.
Velas: Vermelhas, vermelha e preta, pretas.

Exu Gira Mundo

Sua história começa a muito tempo, muito antes de outras histórias.Viveu em um planeta melhor e mais evoluído que o nosso, em outro Sistema Solar.Acompanhou a orbe dos "exilados" para povoar esse novo mundo, mas ao chegar aqui, conheceu o amor de uma humana e apaixonou-se. Por este amor esqueceu de seus compromissos como Guardião, e quis se tornar mortal e viver por aqui.Porém, ao fazer isso, foi expulso de sua Ordem e perdeu seus direitos. Ao aceitar viver na Terra, sofreu as dores da carne e de ser renegado, foi perseguido por aqueles que trouxe e pelos seus e excluído. O amor da mulher foi a única coisa que lhe restou, até fugirem, serem perseguidos e encontrados. Ela foi torturada e morta, e agora tudo que restava a ele era ódio e sede de vingança.Tornou-se um bárbaro e um conquistador. Conquistou reinos e pessoas. Ficou conhecido como o "El Diablo Negro".
Na época de sua primeira vida na Terra, os Atlantes ainda existiam.A partir daí reencarnou em Lemúria, em Mu, no baixo Egito, na África e sempre com a mesma tirania conduzia o seu povo. Quando não lembrava mais quem era e de onde veio, reencontrou o amor de uma mulher, muito parecida com aquela que amou um dia. Ela vivia entre o povo hebreu que fugiu do Egito, sob o comando de Moisés. A história dela era muito parecida com uma história que ele conheceu em outras épocas e algo dentro dele renasceu.A partir dessa vida, passou a reencarnar no Oriente, entre o povo de pele amarela.Tornou-se menos tirano. Sua última encarnação foi na época de Buda. Conheceu sua filosofia de vida. Decidiu mudar e reaprendeu a viver.Depois disso passou a atuar no planeta em todas religiões nascentes e crescentes. É por isso que hoje ele trabalha na Umbanda, como já trabalhou em tantas outras religiões.
Seu Gira Mundo é de ordenança de Xangô,e pode-se dizer que representa seu 'machado', trabalhando no corte de miasmas negativos e desmanche de trabalhos de baixa magia. Corta atritos astrais que desencadeiam problemas cardíacos e de justiça.Exerce toda sorte de influência na atividade humana , principalmente sobre os espíritos desencarnados , que ainda não compreendem seu estado atual.
É subordinado ao Guardião Calunga e pertence ao grupo de ALMAS como chefe de falange.
Seu nome se dá pelo fato dele 'correr gira' até solucionar o problema, se deslocando em diversos setores de atuação com muita habilidade.
CARACTERÍSTICAS
Fumo: charuto
Atuação: Encruzilhadas, cemitérios, matas, etc.
Bebida: Marafo, whisky,aguardente.
Velas: vermelha e preta.
Guias: vermelha e preta
Ferramentas: alguidar de barro, ponteiras, quartzo verde escuro, folhas de mangueira.


Exu Sete da Lira

Sua história, começa na Idade Média e vai até a sua reencarnação no século dezenove. Na Espanha Medieval, havia um casal chamado Caio e Zelinda. Caio era um descendente de gregos, que tocava e fabricava instrumentos musicais, especialmente liras. Zelinda era uma bela negra africana, que escondida dos poderosos da época, fazia rituais mágicos. Estas duas pessoas tinham um filho chamado José, que era inteligente e tocava instrumentos como ninguém. Este garoto gostava de tocar e fabricar liras. Ele construía sete diferentes modelos de lira. Desde muito cedo, José demonstrava possuir poderes paranormais: curava pessoas doentes, movia objetos com o olhar, tinha sonhos premonitórios, via a aura das pessoas. Quando ele entrou para a adolescência, este paranormal passou a incorporar espíritos enquanto tocava, uma destas almas seria a do bíblico Rei Davi. Além de possuir poderes sobrenaturais, ele era muito carismático, por isto foi apelidado, carinhosamente, de Rei das Sete Liras. Como José fazia muito sucesso entre as mulheres, um marido ciumento inventou para os representantes da igreja que o Rei das Sete Liras era um bruxo. Assim, o pobre foi queimado na fogueira pela Inquisição. Mas, no século dezenove, José reencarnou numa criança, que se tornou um excelente músico e um fabricante de liras, também. Nesta reencarnação, ele também tinha poderes paranormais, como realizar curas, ver auras, interpretar sonhos. Mais tarde, bem depois da sua morte, ele foi adicionado na Umbanda, como uma entidade, que auxilia os artistas, principalmente os músicos. No século vinte, surgiu no Rio de Janeiro um centro de Umbanda chamado Sete da Lira, em homenagem a este músico, que foi frequentado por artistas famosos, como Tim Maia e até mesmo Freddie Mercury e alguns integrantes da banda Kiss.
O Exu 7 da Lira trabalha na ordenança de Ogum , e em nossos terreiros se identifica pelo ponto que ele mesmo ditou:
Sou exu, trabalho no canto
Quando canto desmancho quebranto
Sete cordas tem minha viola
Vou na gira de elenco e cartola
Viola é o tridente
Cigarro é o charuto
Bebida é o marafo
Sou Sete da Lira
Derrubo inimigo
Ponteiro de aço
CARACTERÍSTICAS>
Bebida: Cachaça
Velas: Vermelhas e pretas, pretas, brancas.
Comida: Farofa amarela, pimenta dedo de moça, dendê, cebola roxa, carne de porco.
Amuletos: Lira (instrumento), tridente,Cartola, bengala, ponteira.
Fumo: Charuto
Atuação: Encruzilhada, calunga, cabaré.


Exu sete catacumbas

Nasceu e foi criado dentro da religião judaica. Em 1242, na França, sua família, pai, mãe e irmãos mais velhos foram queimados em uma sinagoga junto com outras pessoas em uma fogueira acusados de heresia.Com 12 anos sabia ler, escrever e havia sido iniciado nos mistérios da Kabalah, mas isso não poderia ser descoberto. Foi forçado a estudar com os padres. Quando cresceu, fugiu, mas continuou a ser perseguido, assim como todo seu povo. Foi aí que começaram suas falhas.Estava tão cego de ódio que pra ser poderoso não dividia com ninguém, via muitos irmãos passando pelo mesmo que ele e nunca deu uma ajuda.
Teve mais bens que os olhos poderiam ver, mas não se contentava. Queria sempre mais. Seu ódio o levou ao lado negro da magia. Até mesmo a Arte Sagrada era usada para benefício próprio. Por vezes sacrificava mulheres e crianças em nome do seu poder.Sugava as crianças até elas não resistirem mais.Tornava as mulheres suas escravas.
A conta veio. O inevitável aconteceu. Quando ele se deu por conta já não fazia mais parte do mundo dos vivos.Sua jornada foi árdua até descobrir como ter paz. Sofreu muito pelo que fez, e reconheceu que se estava lá era porque merecia e aí sim começou pagar pelos seus erros.
É um guardião cósmico, que aje na força emanada do Orixá Obaluayê.
O Exú 7 Catacumbas é uma espécie de policial que executa as ordens de todos os Orixás (espíritos e entidades de nível mais elevado) no plano mais denso. É um mensageiro que entra e sai das zonas umbralinas, sem temor, assumindo uma forma ameaçadora para fazer-se respeitar.
É um Exú que sem a força dos Orixás não atuaria no mundo, pois são eles os operários incansáveis dessa entidade. Temido por não admitir a desobediência, ele aplica castigos a quem é também guardião. Ele faz na verdade cumprir a lei de causa e efeito (bateu levou). Assim que ele vai embora do terreiro, arrasta consigo tudo de ruim que houver (toda a energia negativa assim como espíritos inconvenientes).É um mago que atua protegendo e rondando os cemitérios para que haja paz e ordem entre os trabalhos, feitiços, rituais nos lugares "santos".
É um poderoso Exú da Umbanda, Kimbanda e Candomblé, conhecido no Catimbó como Mestre 7 Catacumbas.
CARACTERÍSTICAS
Comida: pipoca estourada no dendê, cebola cortada em rodelas,carré suíno, farofa amarela feita na pimenta entregue no alguidar de barro.
Bebidas: Conhaque de gengibre, cachaça.
Fumo: Charuto.
Velas: Brancas, ou preta


Exu Veludo

Suas divergentes são muitas. Este Exú vem das costas orientais da África, era swahili (negro arabizado).Homem alto, esguio, moreno, nobre, viveu no século XVI e vivia entre a
realeza onde era exímio negociador.Como era chegado a bebida e ao carteado, apaixonou-se por uma mulher casada, após o carteado encontrava-se com ela as escondidas.Foram pegos e a assassinados, pelo marido traído. Foi muito rico, vestia-se sempre com muito luxo e elegância, homem de finos tratos e com bom gosto, tinha bom trato ao falar, com sua voz firme e aveludada. Usava um turbante na cabeça, e lindos tecidos de veludo trazidos de oriente, que lhe valeram o apelido na Quimbanda de "veludo", dado a sua forma luxuosa de se vestir no estilo muçulmano e seu tom suave nas conversas.Muitos que viram seu tipo de apresentação através da mediunidade, o confundiram com um cigano e o associaram com os mesmos. Isto não significa que não trabalhe com os ciganos, ao contrário, tem inclusive uma passagem ou caminho que se apresenta como um. Tem muitos conhecimentos na feitiçaria. É mais requisitado na abertura de caminhos para limpar trabalhos negativos realizados no cemitério.Todo médium que trabalha com Exu Veludo traz o Exu da Meia Noite e Exu dos Rios, e vice e versa. São muito parecidos, mas não os mesmo.
É assistente imediato do Exu Rei das 7 Encruzilhadas. Pertence a linha negativa de Ogum,sendo serventia do Ogum Rompe Mato portanto, tem ligação de trabalho com tudo que envolva a água. Tanto que seu ponto de força é no lado direito da margem do rio em relação ao pôr do sol.
Um outro detalhe observado é que gostam de fazer os seus médiuns trabalharem descalços e, quando Exus Veludos caminham, dão a impressão de que estão amassando e/ou pisando sobre areia.
Sua forma astral é na forma de um cavalheiro ricamente vestido, aparecendo entretanto como característica dissonante de sua personalidade.
Caminhos>
Exu Veludo da Meia Noite
Exu Veludo Cigano
Exu Veludo 7 Encruzilhadas
Exu Veludo Menino (Veludinho)
Exu Veludo dos 7 Cruzeiros
Exu Veludo das Almas
Exu Veludo dos Infernos
Exu Veludo da Calunga
Exu Veludo da Praia
Exu Veludo do Oriente
Exu Veludo Sigatana
Exu Veludo do Lixo
Características>
Bebida:Marafo, Whisky, Vodca, bebidas finas e fortes.
Fuma: Charutos de boa qualidade.
Lugar:Encruzilhadas abertas, Água Doce ou Salgada (sempre ao lado direito ao pôr do sol)..
Velas:Pretas, vermelhas e pretas.
Guia: Vermelha e preta.
Amuletos: Capa vermelha e preta, alguidar, agulhas, tecidos pretos, pemba, pinhão roxo, objetos de prata em geral.


Exu Lúcifer

LÚCIFER ASSIM ERA CHAMADO POR MARABÔ, LOGO NO INÍCIO DE SUAS VIDAS.ERAM GRANDES AMIGOS,IRMÃOS ,PARTICIPARAM DA GRANDE MUDANÇA NO PLANETA TERRA , QUANDO TODOS OS ORIXÁS E FORÇAS DA NATUREZA , AINDA PARTICIPAVAM PESSOALMENTE DA VIDA NA TERRA. LÚCIFER ERA UM DOS GRANDES MAGOS DE OUTRA ERA , TENDO PODERES SOBRE OS VENTOS E TEMPESTADES , ASSIM COMO SEU IRMÃO MARABÔ, TAMBÉM MAGO COM GRANDES PODERES , COM ESPECIAL ATENÇÃO NOS CÍRCULOS ENERGÉTICOS DAS MATAS. APÓS UM CATACLISMA QUE OCORREU SEM UMA DATA DEFINIDA , MUITO ANTES DE O HOMEM SER O QUE É, UM ANJO VEIO DO CÉU (ANJO GABRIEL) O QUAL VEIO EM SUA FORMA HUMANA AVISAR AS MAGOS QUE O MUNDO MUDARIA E NÃO SERIA MAIS O MESMO. APÓS DIAS E MAIS DIAS EM CIMA DE UM MORRO , O MUNDO TER SE TRANSFORMADO PARA O QUE CONHECEMOS HOJE, OS 2 AMIGOS VAGARAM PELA TERRA PARA AJUDAR AQUELES QUE SOBRARAM NA TERRA . APÓS VÁRIOS ANOS EM QUE SUAS VIDAS FORAM TRANSFORMADAS , EXÚ LÚCIFER COM TODO SEU PODER MEDIÚNICO , E DOM DE TRANSMUTAR AS ENERGIAS DA NATUREZA, VOLTOU-SE PARA O LADO DAS TREVAS, USANDO SUAS FORÇAS PARA TENTAR DOMINAR O MUNDO , E DOMINANDO OS SERES INFERIORES , FORMOU SEU EXERCITO DAS TREVAS, E EM UM DE SEUS EMBATES, MATOU MARABÔ QUE TINHA TENTADO MATAR-LO POR VINGANÇA. DEPOIS DE MUITOS ANOS NO LADO DAS TREVAS , LÚCIFER DESENCARNOU , E POR PIEDADE DIVINA OU DESTINO, ESCOLHA O QUE MELHOR ACHAR , LÚCIFER PEDIU PERDÃO PARA MARABÔ POR TER MATADO SUA FAMÍLIA, (ESPOSA E FILHA QUE TANTO AMAVA) , E O MESMO MARABÔ, QUE VENDO A QUEDA DE SEU IRMÃO E CHAMADO DEMIURGO CAÍDO, COLOCOU EM SUAS FILEIRAS DE SOLDADOS DA LUZ NO COMBATE CONTRA AS TREVAS, ASSIM AUXILIANDO O MESMO PARA QUE PAGUE PELAS SUAS CRUELDADES .SENDO HOJE QUEM TRABALHO COM EXÚ MARABÕ TEM TAMBÉM EM SEU CAMPO DE ENERGIA , EXÚ LUCIFER E EXÚ DO LODO.
Ao contrário que dizem outras escritas, Exu Lúcifer sempre recebe suas oferendas nas matas, pois o mesmo é um dos soldados de Marabô; A entidade atua também em cemitérios, porém em respeito a seu superior prefere nas matas.
Sempre que oferendo a Exu Lúcifer ,ou Marabô ,acendo uma vela verde para o povo das matas.
O povo da lira também e chefiado por Exu Lúcifer também é conhecido como Exu Rei das Sete Liras e sua mulher dona Maria Padilha ou Rainha das Marias.
Exu Lúcifer tem muitos caminhos,um deles é o Exu Lúcifer das Almas.
CARACTERÍSTICAS>
Comida> Farofa de dendê com carne de porco; galinha preta; bode preto;
Bebidas> Em geral não bebe, mas quando servido gosta de cachaça com vinho.
Fumo> Apenas charuto, em ocasiões especiais (quebra de magia negra, cura);
Amuleto: Tridente
Velas> Preferencialmente verde, pelo seu campo de atuação (soldado de Marabô), mas aceita vermelha ou preta.
Guia> Verde e preta, vermelha e verde, preta e vermelha, preta e verde.
Atuação> Matas densas e fechadas pela hierarquia, cemitérios por propriedade.


Exu Porteira

É ele o encarregado de guardar tudo o que está fechado por meio de caminhos, portas, chaves, segredos.
Pertence à Terceira Linha Negativa da Umbanda, comandada pelo Ogum de Lei.
Esse Exú dá o poder ao seu médium ou quem o evoca de abrir os caminhos das pessoas que o procuram.
Exú chefe de falange.
O sentido é figurado, pois pela condição de confiança que ele faz passar as pessoas que estão junto ao seu protegido, estas fazem as vontades do médium, permitindo, autorizando, fazendo, falando, confidenciando, ...
É muito soturno, fala pouco, porém sempre a verdade, ele sempre diz que fala a verdade para seu consulente e não fala o que seu consulente quer ouvir, mesmo se a verdade for, digamos, ruim para o consulente, também faz as pessoas falarem muito com ele.
Tem a característica de incorporar sempre próximo a uma porta.
Domina as porteiras, ou seja, ele pode abrir ou fechar suas portas, caminhos, destinos, etc...
Ele é um dos 7 Guardiões que toma conta dos 7 Portais astrais, de um mundo para o outro ou de um astral para o outro.
Características>
Bebida: bebidas finas e marafo
Fuma: charutos
Guia:Vermelha e Preta
Lugar: ambientes fechados ou na Encruzilhada de terra ou matas
Regência: Ogum
Vela: pretas, vermelhas e pretas


Exú Morcego

Em um castelo, inteiramente de pedra, mal cuidado e isolado no meio de uma floresta, típico daqueles pertencentes ao feudo europeu, vivia um homem branco e corpulento, trajando uma surrada roupa, provavelmente antes pertencente a um guarda-roupa fino. Percebia-se o desgaste causado pelo passar do tempo, pois ainda carregava uma grossa e rica corrente de ouro de bom quilate, com um enorme crucifixo do mesmo cobiçado material. Parecia viver na solidão, muito embora no castelo vivessem vários serviçais. Na torre do castelo, as janelas foram fechadas com pedra, e só pequenas frestas foram feitas no alto das paredes.
A luz não podia entrar. A torre não tinha paredes internas, formando uma enorme sala, com pesada mesa de madeira tosca, tendo como iluminação dois castiçais de uma só vela cada. Ao lado da tênue luz das velas, livros se espalhavam sobre a mesa, mostrando ser aquele homem um estudioso e que algo buscava na literatura. De braços abertos, com um capuz preto cobrindo sua cabeça, emitia estranhos e finos sons, tentando descobrir o segredo da levitação. Pelas frestas da torre, entravam e saiam voando vários morcegos com os quais ele procurava inspiração e força para atingir sua conquista. Por quê? Não sabemos. A ideia e as razões eram só da estranha figura. Parecia um homem de fino trato, transfigurado na fixação de atingir um poder que não lhe pertencia. Seu nome? Também não sabemos. Só o conhecemos incorporado nos terreiros como o querido, mas temido, Exu Morcego.
O Exu Morcego é um senhor da magia, um verdadeiro bruxo que é muito importante nos trabalhos de desobsessão. Todos os Exus que receberam a missão de trabalhar nas esferas mais baixas das trevas da ignorância humana são grandes iniciados conhecedores da arte de manipular a magia, mas se encaminharam para caminhos mais tortuosos quando usaram seu conhecimento.É uma entidade séria que conhece os segredos da evolução, da vida, da transição, das trevas e da Luz.Encaminha estas formas que vampirizam a energia vital da pessoa, os parasitas astrais, vampiros energéticos, espíritos familiares de alguém que atuam sugando e atraindo as mesmas doenças que tinha em vida para os seus parentes encarnados.
É ordenado por Omulú e subordinado ao Exu Calunga e também é conhecido como é Exu da Morte.Têm o poder de transmitir ou curar, à distância, qualquer espécie de moléstia.Apresenta-se como um homem forte com uma grande Capa Preta.Quando ele vem em trabalhos em terreiros para combater demandas ele faz uma forma de dança como se tivesse pegando seus inimigos com suas garras.
CARACTERÍSTICAS
Bebida: Vinho, absinto, conhaque.
Comida:Farofa com vodka misturada à 9 dentes de alho roxo sobre folhas de mamona.
Fuma: Charutos e cigarros.
Ferramenta: Morcego em metal, pemba, quartzo azul escuro, mamona.
Atuação:Calunga pequena (cemitério), Matas, cavernas, pântanos, encruzilhadas (de acordo com a própria entidade).
Vela: Preta ou preta e vermelha.
Guia: Preta e vermelha, com firma em ferro de tridente ou morcego.


Pomba Gira Maria Padilha das Sete Catacumbas

Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse:
- Precisamos do sangue de um inocente!
- Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos.
Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.
Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela.
Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno.
Já traira seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz.
Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou:
- Vá falar com a bruxa Chiara ela resolve o assunto para você.
- Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira.
O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução:
- Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante!
- Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil?
- De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você!
Mas não se preocupe eu cuido de tudo.
- Foi aí que ela falou do sangue inocente.
- A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho?
- Para fazer omelete, quebram-se ovos…
Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada.
A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa. Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem todo de preto que a apontava com uma bengala:
- Agora você tem que fazer! – Em outras ocasiões ele dizia:
- Você não presta mesmo, nunca prestou!
- Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.
Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão.
- Cale a boca garoto dos infernos!
- A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo.
Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo ofogo consumia tudo.
Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda.
Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta.
Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.
Saravá Maria Padilha das Sete Catacumbas!


Pomba Gira Maria Mulambo

Nascida em berço de ouro, aos 15 anos foi vendida em casamento para um rei de 40 anos. Casada sem amor, era relatada como amaldiçoada por não conseguir engravidar. Caridosa, em uma de suas visitas ao povoado, conheceu um viúvo com 3 filhos pequenos.
Sofria as violências diárias do rei, e sabendo disso seu amado propôs que fugissem e ela foi apenas com a roupa do corpo. O rei procurou e desistiu, até saber que Maria estava grávida, e que a árvore que não dava frutos era ele. A caçou para limpar sua honra. Após capturada, foi atirada ao rio com 2 pedras amarradas , sem que o povo soubesse. Com o passar do tempo, e seu amado sem notícias suas, percebeu que a beira do rio nasciam belas flores e pescavam como nunca, ele por intuição nadou e teve uma surpresa: Ela estava intacta e vestida como rainha, foi retirada da água e teve um funeral digno da majestade.
(Aluca) - Muito conhecida e respeitada em qualquer terreiro de Umbanda, Maria Molambo é um exemplo de como podemos evoluir quando trilhamos um caminho de ajuda e caridade aos irmãos mais necessitados.
Acostumada a bem atender a todos que procuravam sua ajuda nos Terreiros onde trabalhava, esta pomba-gira sempre foi muito requisitada para qualquer tipo de serviço.
O seu objetivo era ajudar aquele que estava à sua frente e assim ela fazia o que lhe era pedido. Infelizmente, as pessoas que procuram um Terreiro de Umbanda nem sempre procuram com sentimentos nobres, de ajuda, amor e caridade. São movidas, muitas vezes, por sentimentos mesquinhos de ódio e vingança. Assim, atendendo a estas pessoas, muitas vezes Maria Molambo se via obrigada a fazer trabalhos de vibração inferior, onde além de prejudicar a "vítima" daquele trabalho, prejudicava a pessoa que fazia o pedido, aos dirigentes do Terreiro e a si própria, já que pela "Lei do Retorno", recebemos de volta tudo aquilo que fazemos ao nosso semelhante.
CAMINHOS
*Maria Mulambo da Estrada
*Maria Mulambo da Lixeira
*Maria Mulambo do Cabaré
*Maria MUlambo Sete Catacumbas
*Maria Mulambo da Calunga
CARACTERÍSTICAS
Ferramentas> Ponteiras, vassouras, adagas, alguidar, rosas, pontos riscados.
Bebidas: Champagne, licores doces, batidas doces.
Fuma: Cigarrilhas finas ou cigarro.
Guia: Vermelha e preta, vermelha, branco e vermelho, amarelo e preto.
Velas> Vermelha e preta, vermelha, branca e amarela.


Pomba Gira da Figueira

As lágrimas desceram lentamente pelo rosto de Giulia no momento em que fechou a porta e olhou para a cama velha com lençóis amarelados. Ali, naquela pocilga, passaria a viver de agora em diante.Antigas lembranças passaram diante de seus olhos. Resquícios de um tempo em que imaginara ser feliz. O casamento com Aprígio parecia ter sido há tanto tempo, e na realidade apenas cinco anos se passaram. O amor enorme que crescia a cada dia nos tempos de noivado, foi aos poucos se transformando em um apagado sentimento, acompanhado de uma cruel sensação de mágoa.Quando conheceu Hugo, amigo de seu marido, o mundo pareceu criar novas cores. Ele sim, lhe dava atenção e carinho. Um mês inteiro de amor sem medida, paixão tórrida que arrebatava seu corpo e mente em total loucura descuidada. Aprígio um dia voltara, sem aviso, e os pegara em sua cama.Alucinado pelo ódio, desferiu três tiros sobre o amigo, matando-o instantaneamente. Ela, nua, correu.Conseguira alguns trocados com uma prima que, no entanto, não a queria por perto e foi com esse dinheiro que alugou esse quarto miserável em que agora se encontra. Perdida em meio a esses pensamentos, relanceia o olhar pelo aposento e nota, a um canto, um lençol rasgado. É isso! Pega o pano e percebe que o rasgo, se aumentado, será uma grande tira. Lentamente passa a rasgar e amarrar as tiras. A janela é alta e nela prende a ponta do tecido, a outra ponta é enrolada no pescoço. Arrasta o pequeno criado-mudo e sobe. Com um pequeno pontapé no móvel, lança-se à morte. Seu espírito totalmente atordoado perambulou por negros caminhos de escuridão profunda. Anos se passaram até que Giulia conseguisse perceber os erros que cometera. Hoje, passadas algumas décadas, ela atende em nossos terreiros com o nome de Pomba Gira Figueira. Tornou-se mais uma trabalhadora dessa grande falange que, apesar de ser pouco conhecida, sempre é lembrada em nossas tronqueiras.
Os espíritos que trabalham como pomba gira e atuam na vibração da figueira, têm em comum as experiências como as sacerdotisas, feiticeiras e curandeiras. Sempre os conflitos religiosos estavam presentes e os usavam para ajudar aqueles que as procuravam.Seus pedidos atendem amor, saúde e prosperidade em todos os sentidos da vida.
A nomenclatura FIGUEIRA veio pela convicção das mulheres em seus conceitos religiosos envolvendo curandeirismo e magística, que culminava em ser queimadas vivas, e a base desta fogueira eram galhos de figueira. Isso devido à parábola bíblica em que Jesus condena a figueira que não deu frutos, tornando esta árvore literalmente amaldiçoada, e destinada ao enforcamento e queima dos hereges.
Trabalha com ordenança de Iansã. Nas giras trabalha de forma leve e receptiva, porém didática e exigente com médiuns e aqueles que buscam sua ajuda.
CAMINHOS
* Maria Padilha da Figueira
* Maria Mulambo da Figueira
* Maria Quitéria da Figueira
* Sete Saias da Figueira
* Menina da Figueira
* Pomba Gira da Figueira da Lomba
* Pomba Gira Rainha da Figueira
* Pomba Gira da Figueira da Estrada
* Pomba Gira da Figueira da Calunga
* Cigana da Figueira
E todas atuações a partir destas.
Características:
Comida: Figo, maça vermelha, pêssego, pera, romã,mel, ervas e especiarias de todos os tipos, farofa de milho amarela com mel e pimenta dedo de moça.
Bebida:Sidra, vinho, batidas doces.
Fumo: Cigarrilha fina, de preferência com piteira.
Atuação: Cruzeiro das Almas, Cemitério, embaixo de árvores de figueira, estrada de terra. NÃO RECEBEM trabalhos na encruzilhada.
Guia: Podem utilizar verde, dourado, vermelho, preto, branco e roxo.
Velas:Verde, dourado, vermelho, preto, branco e roxo
Flores: rosas, lírios, jasmim.
ferramentas: Pós de magia, óleos, ervas, ponteiras, adagas e punhais,pedras.


Como Maria Padilha chegou ao Brasil

Dizem que a entidade de Maria Padilha, na sua primeira aparição, foi em uma mulata no tempo da corte de D.Pedro II no Brasil, onde esta mulata em um sessão de Catimbó recebeu uma entidade muito feiticeira e faceira que se apresentou com D. Rainha Maria Padilha de Castela e contou a sua história e que depois dela outras Padilhas viriam para fazer parte da sua quadrilha.
Dizem que depois desta anunciação de D. Maria Padilha, ela só voltou mais uma ou duas vezes e que não mais chegaria na terra por sua missão presente estar cumprida, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos...
Depois disto, nunca mais ninguém voltou a ver ou assistir a curimba desta poderosa entidade rainha das giras. Há muitos pais de santos e estudiosos que dizem que D. Rainha da Sete Encruzilhada é D. Maria Padilha de Castela, por ter sido ela eleita a Rainha de todas as giras. Esta desconfiança gerou porque D. Padilha de Castela se titulava Rainha e sempre saudava as sete encruzilhadas, onde morava o seu rei e de onde ela reinava.


Pomba Gira Rosa Vermelha

A tarde caia lentamente. Assustada, Rubia apertou o passo quando percebeu que um homem a seguia. Era Felinto, o bêbado da cidade. Tentou entrar por ruelas estreitas para despistar seu perseguidor. No entanto, ele continuava caminhando, a poucos passos dela.
Rubia lançava olhares para todas as direções tentando encontrar alguém que a pudesse ajudar, mas era vão. A cidade estava deserta. Nem os moleques que costumavam correr por ali todas as tardes se faziam presentes nesse dia.
Já tinha ouvido falar das grandes bebedeiras daquele homem, porém nunca soube que ele houvesse feito mal a alguém. Mesmo assim, a respiração pesada que ouvia, vinda dele, a cada passo que dava, deixava-a apavorada e insegura quanto ao motivo daquela perseguição.
Nunca saia sozinha. Aos dezessete anos, era uma moça de rara beleza e seus irmãos mais velhos nunca permitiam que fosse às ruas sem ter, ao menos um deles, como acompanhante. Nessa tarde escapara da vigilância cerrada e fora ao campo respirar um pouco de ar puro. Ao retornar, satisfeita por ter fugido um pouco da rotina, percebera os passos de Felinto e seu coração gelou. Havia algo de muito errado naquela atitude. Agora já estava correndo. Ele corria também. As mãos fortes do homem agarraram-na e uma delas imediatamente cobriu-lhe a boca.
A mão livre corria pelo seu corpo. Ela já não tinha dúvida quanto ao interesse que despertara. Freneticamente tenta se livrar, mas ele é muito forte. Uma dor aguda anuncia que chegara ao fim. Aquele infeliz tomara sua virgindade à força.
Com os olhos nublados
pelo ódio vê o homem levantar-se com um sorriso cínico dirigido a ela. Num relance, percebe, perto de si, uma grande pedra pontiaguda. Com rapidez se ergue já com a pedra na mão. Felinto está de costas, absorvido na tarefa de fechar a calça. Sem titubear, ela atinge sua cabeça com um golpe certeiro. Surpreso, o homem se vira. O sangue corre pelo seu rosto. Tomado de ódio e dor, agarra Rubia novamente e aperta-lhe o pescoço com extrema violência. Caem ambos por terra. A moça ainda vê a morte passar pelos olhos do homem, antes de também exalar o último suspiro.
O caminhar do espírito de Rubia, por vales sombrios, foi longo e doloroso. De outras encarnações trazia pesada carga. O assassinato de Felinto só fez aumentar, seu período de sofrimento em busca de conhecimento e luz.
Hoje, em nossos terreiros, se chama Rosa Vermelha, a pomba-gira dos grandes amores. Discreta e bela, sua incorporação encanta a todos que a conhecem.


Pomba Gira Rosa Caveira

ELA VIVEU APROXIMADAMENTE A 2.300 ANOS A.C, NA REGIÃO DA MONGÓLIA,OS SEUS PAIS ERAM AGRICULTORES E TINHÃO MUITA TERRA.ELA ERA UMA DAS 7 FILHAS DO CASAL,SENDO QUE SEU NASCIMENTO SE DEU EM UMA PRIMAVERA E A MÃE DELA TINHA UM JARDIM MUITO GRANDE DE ROSAS VERMELHAS E AMARELAS,QUE RODEAVA TODA SUA CASA. E FOI NESTE JARDIM QUE OCORREU SEU PARTO.SEUS PAIS ALEM DE SEREM AGRICULTORES,TAMBÉM ERAM FEITICEIROS,MAS SÓ PRATICAVAM O BEM PARA AQUELES QUE OS PROCURAVAM,E SUA MÃE TINHA MUITA FÉ EM UM CRUZEIRO QUE TINHA NO JARDIM DE SUA CASA,ONDE SEUS PARENTES ERAM ENTERRADOS.
NO PARTO DE ROSA CAVEIRA SUA MÃE ESTAVA COM PROBLEMAS,E DIFICULTAVA O NASCIMENTO DA MESMA E ESTAVA PERDENDO MUITO SANGUE,PODENDO ATÉ MORRER NO PARTO.FOI QUANDO A AVÓ DA ROSA CAVEIRA QUE JÁ HAVIA FALECIDO A MUITO TEMPO,E ESTAVA SEPULTADA NAQUELE CEMITÉRIO ATRÁS DE SUA CASA, VENDO O SOFRIMENTO DA SUA FILHA,VEIO ESPIRITUALMENTE AJUDA-LA NO PARTO,SENDO QUE SUA MÃE COM MUITA DIFICULDADE E A AJUDA DE SUA AVÓ (FALECIDA), CONSEGUIU DAR A LUZ A ROSA CAVEIRA. E COM SEU AMOR A NETA,SUA AVÓ,COLOCOU EM SUA VOLTA,VÁRIAS ROSAS AMARELAS,E PEDIU A SUA MÃE QUE A BATIZA-SE COM O NOME DE ROSA CAVEIRA,PELO FATO DE ELA TER NASCIDO EM UM JARDIM REPLETO DE ROSAS,E EM ENCIMA DE UM CAMPO SANTO (CEMITÉRIO), E TAMBÉM PELA APARÊNCIA ASTRAL DE SUA MÃE (AVÓ),QUE APARENTAVA UMA CAVEIRA. E EM AGRADECIMENTO A AJUDA DA MESMA,ELA COLOCOU UMA ROSA AMARELA EM SEU PEITO E SEGURANDO A MÃO DA MÃE, A BATIZOU COM O NOME DE ROSA CAVEIRA DO CRUZEIRO.
ELA CRESCEU COM SUAS IRMAS, MAS SEMPRE FOI TRATADA DE MODO DIFERENTE PELAS IRMÃS.SEMPRE QUANDO CHEGAVA SEU ANIVERSARIO SUA AVÓ IA VISITA-LA (ESPIRITUALMENTE), POR CAUSA DESSAS VISITAS E CARINHO QUE SEUS PAIS TINHA POR ELA, SUAS IRMÃS FICAVAM COM CIUMES E COMEÇARAM A MALTRATAR A ROSA,DEBOCHAR DELA,CHAMAR ELA DE AMALDIÇOADA POIS HAVIA NASCIDO EM UM CAMPO SANTO (CEMITÉRIO),E SEU PARTO HAVIA SIDO FEITO POR UMA MORTA.
E CADA DIA QUE PASSAVA,ROSA FICAVA COM MAIS RAIVA DE SUA IRMÃS.
ENTÃO ELA PEDIU A SEUS PAIS, QUE ENSINASSE A TRABALHAR COM MAGIA,MAS NÃO PARA FAZER MALDADE,MAS SIM PARA SUA PRÓPRIA DEFESA, E AJUDA PESSOAS QUE POR VENTURA A FOSSE PROCURAR.
SUA AVÓ VINHA SEMPRE LHE DIZER QUE ELA DEVIA SE CUIDAR,POIS COISAS MUITO GRAVES ESTAVAM PARA ACONTECER.SEU PAI MUITO ATENCIOSO A ENSINOU TUDO QUE ELA PODERIA APREENDER,E TAMBÉM A ENSINOU-A MANEJAR ESPADAS,LANÇAS,PUNHAIS,OU SEJA, ARMAS EM GERAL. SUA MÃE A ENSINOU TUDO O QUE PODERIA SER FEITO COM ERVAS,PORÇÕES E PERFUMES, E PRINCIPALMENTE O QUE SE PODERIA FAZER EM UM CRUZEIRO. FOI AI QUE SUAS IRMÃS FICARÃO COM MAIS RAIVA DELA,POIS ELA ESTAVA SENDO PREPARADA PARA SER UMA GRANDE FEITICEIRA, E SENDO AJUDADA POR SEUS PAIS E SUA AVÓ,E ZOMBAVAM AINDA MAIS DELA.
SUAS IRMÃS SE CASARAM COM AGRICULTORES DA REGIÃO, POREM UMA DE SUAS IRMÃS A MAIS VELHA,SE APERFEIÇOOU-SE EM MAGIA NEGRA, E POR VINGANÇA,FEZ UM FEITIÇO QUE MATOU SEUS PAIS. A ROSA COM MUITA RAIVA,MATOU SUA IRMÃ E SEU MARIDO. AS OUTRAS IRMÃS COM MEDO DELA,JURARAM LEALDADE A ELA.
AOS 19 ANOS ELA SAIU AO MUNDO,QUERENDO DESCOBRIR ALGO NOVO EM SUA VIDA, FOI QUANDO ELA CONHECEU UM HOMEM (MAGO) QUE TINHA 77 ANOS,E JUNTO COM SEUS 4 IRMÃOS, ELE FOI ENSINANDO A ELA MUITAS MAGIAS E FEITIÇOS,TUDO SOBRE A VINGANÇA, A DOR,O ÓDIO,POIS ESSE MAGO ERA O MAIS ODIADO E TEMIDO PELOS SENHORES FEUDAIS E MAGOS NEGROS. VIVIA EM UM CEMITÉRIO COM SEUS 4 IRMÃOS E SEUS DISCÍPULOS.
ELA APREENDEU A VER O FUTURO E FAZER VARIAS MAGIAS DE UM MODO DIFERENTE, SEMPRE USAVA UM CRÂNIO TANTO HUMANO COMO DE ANIMAL,E EM SUA BOCA COLOCAVA UMA ROSA AMARELA,FOI QUANDO EM UMA DE SUAS VISÕES,VIU SUAS IRMAS PLANEJAREM SUA MORTE. ELA POR SUA VEZ ESPERTA,FEZ UMA MAGIA QUE MATOU TODAS AS SUAS IRMÃS.
APÓS FAZER ISSO ELA VOLTOU A COMPANHIA DO MAGO, E COM SUA AJUDA PERCORREU VARIAS ALDEIAS, CAUSANDO GUERRAS PARA FAZER JUSTIÇA E PARA LIVRAR SEUS POVOS DOS SENHORES FEUDAIS. E TAMBÉM PARA LIVRAR ESSE POVOS DOS MAGOS NEGROS E ENCANTOS DE FEITICEIROS MALIGNOS, E POR CAUSA DISSO ERA MUITO AMADA E RESPEITADA POR TODOS.
AOS 99 ANOS,SEU AMADO E SEU MESTRE MORREU,E ELA ASSUMIU SEU LUGAR JUNTO AO IRMÃO MAIS VELHO DO MAGO.
AOS 77 ANOS ELA FOI TRAÍDA POR UM DOS IRMÃOS DO MAGO,O TERCEIRO, QUE A ENTREGOU NAS MÃOS DE UM MAGO QUE ESTAVA A SUA PROCURA, ESTE MAGO ERA UM DOS MAIS TEMIDO E PERVERSO, E SABIA O PONTO FRACO DELA. COM A AJUDA DESSE IRMÃO,ESSE MAGO A MATOU,DEGOLOU A ROSA,E ENTREGOU SUA CABEÇA EM UMA BANDEJA DE OURO CERCADA DE ROSAS VERMELHAS, PARA OS ESPÍRITOS DOS MAGOS NEGROS. APÓS ISSO ELA FICOU APRISIONADA ESPIRITUALMENTE POR ESTE MAGO ATÉ SER LIBERTA,PELO SEU AMADO MESTRE E MAGO, QUE A ENTREGOU A FALANGE DE EXU CAVEIRA. O IRMÃO DO MAGO TRAIDOR FOI MORTO 3 ANOS DEPOIS PELA PRÓPRIA ROSA, QUE DEU SUA ALMA DE PRESENTE A SEU AMADO MESTRE. SE TORNANDO ASSIM SEU ESCRAVO.
FOI ASSIM QUE COMEÇOU A TRABALHAR NA LINHA DAS ALMAS, E HOJE É CONHECIDA COMO ROSA CAVEIRA( POMBA-GIRA GUERREIRA E JUSTICEIRA), POIS EM SUA APRESENTAÇÃO ASTRAL,ELA VEM EM FORMA DE CAVEIRA E MULHER,OU MEIO A MEIO SEMPRE COM UMA ROSA AMARELA EM SUAS MÃOS E A CAVEIRA AOS SEUS PÉS.
CAVEIRA ESTA QUE REPRESENTA TODOS OS SEUS INIMIGOS QUE CRUZAM SEU CAMINHO.
FAZ PARTE DA FALANGE DE TATÁ CAVEIRA E EXU CAVEIRA.
SEU PONTO DE FORÇA É O CRUZEIRO DAS ALMAS ONDE SE ENTREGA OS PEDIDOS E OFERENDAS.


Pomba Gira dos Sete Cruzeiros da Calunga

França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D''areaux. Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão de forma avassaladora o que culminou na gravidez que já atingira a oitava semana. Somente confiara o segredo à velha ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastara, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação e dispos-se a empreender a fuga. Sairiam a noite levando consigo apenas a ama que seria muito útil à moça e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse. Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem. Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. - Minha filha, solte essa arma! - assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o projétil acertou Antoine em pleno coração. Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer. Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da ama. Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Pomba Gira dos Sete Cruzeiros da Calunga (ou Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga), onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante.
*Como seu próprio nome já diz, trabalha com as radiações e energias do Cruzeiro do cemitério.
*Sua força é requisitada, quando há problemas com um dos cônjuges, por exemplo, quando há frigidez, impotência, e similares, e que por conseqüência destes distúrbios físicos venha ocorrer transtornos na vida do casal. Os resultados são os melhores, havendo a extinção radical destes problemas. É também muito requisitada esta entidade, quando o consulente, é vítima de perseguições, injustiças e demandas espirituais.
*É de uma beleza e vaidade raras. Admira verdadeiramente as pessoas que lutam por seus ideais. Aprecia ser presenteada, contudo não exige presentes por seus trabalhos, exige sim, os materiais necessários para realização de seus encantamentos e realização de seus trabalhos.
Lendas>
O Senhor das Encruzilhadas, quando chegou no mundo astral, pegou a gira do cruzeiro como companheira e ela lhe mostrou todo o astral inferior, e nestas andanças ao limbo ele encontra sua antiga mulher que era sua Rainha na vida terrena a qual nunca esqueceu e então passou a cuidá-la. Quando o exu Mor nomeou o Senhor das Encruzilhadas em Rei das Sete Encruzilhadas... Ele ordenou que a Gira do Cruzeiro tomasse conta do astral inferior lhe dando o título de Rainha do Cruzeiro... e foi viver com sua antiga mulher no médio astral... Onde a titulou como Rainha das Sete encruzilhadas, dando a ela todos os poderes que a ele foi dado pelo o Exu Mor.
A Rainha do Cruzeiro se sentido abandonada pelo Exu Rei, resolveu formar seu próprio reinado e nomeou o Exu do Cruzeiro das almas como seu fiel escudeiro e namorado.
Os dois juntos governam os reinos dos cruzeiros das almas, mais também recebem suas oferendas em encruzilhadas. É falso quando dizem que as duas Rainhas são uma só ou que ambas se odeiam... São rainhas de reinos distintos que quando na terra muito se respeitam.
A Rainha do cruzeiro gosta de trabalhar para a sedução, pois é uma pomba-gira muito sedutora, trabalha para a guerra e amarração de casais que se amam, mais nunca peça a ela para separar um casal, pois ela se aborrecerá profundamente com quem for lhe pedir este intento! Saravá a Rainha do Cruzeiro!
CARACTERÍSTICAS>
Comida: Maça, uvas roxas, morangos, galinha preta, pata preta, gato preto. Farofa de pimenta com dendê. Aceita agrados como chocolates.
Bebida: Champanhe e outras bebidas finas.
Fumo:Cigarrilha fina.
Amuletos: Jóias douradas e pedras em tons rubi, perfumes, rosas vermelhas.
Velas: Vermelhas, vermelhas e pretas e ainda brancas.
Campo de atuação: Cruzeiros das almas do cemitério (muda somente por pedido da própria entidade).
Guia: Preta, preta e vermelha, preta e roxa, preta e branca.
Amuletos: Jóias douradas e pedras em tons rubi, perfumes, rosas vermelhas.
Velas: Vermelhas, vermelhas e pretas e ainda brancas.
Campo de atuação: Cruzeiros das almas do cemitério (muda somente por pedido da própria entidade).
Guia: Preta, preta e vermelha, preta e roxa, preta e branca.


Pomba Gira Maria Navalha

Sua história é marcada por luta e sofrimento, pois ao falecimento de sua mãe após dar a luz ao seu irmão, descobriu-se que ele possuía deficiência mental, e seu pai, um militar conservador o rejeita, e morre tempos depois pela depressão da perda de sua doce esposa, abandonando assim seu filho pequeno, e sua filha Maria Regina das dores à própria sorte.
Ela uma belíssima jovem, com volúpia, inteligência e sensualidade, logo descobre os caminhos da boemia, pelos cais, bares e cabarés, lutando para sobreviver e criar seu irmão.
Em uma das sua noites de trabalho, se vê diante de um belo negro jogador, vestido em terno de linho branco, chapéu e gravata vermelha, o sedutor vence todos os homens naquela noite. Ela encantada termina sua noite de trabalho e vai para casa, quando perseguida por três homens, apela em orações para São Jorge, seu protetor, para se livrar dos homens malfeitores, e pois que surge o encantador negro, dotado de uma navalha, e desfere um golpe em um dos homens,para livrar a bela jovens de seus algozes. Ela agradecida é levada até sua casa, e ali começa uma história de amor, jogo, poder e astúcia, e esta parceria transformou-se através da eternidade!


Pomba Gira Sete Saias

Sete Saias teve sua vinda ao mundo marcada por muito sofrimento. Já na sua infância se dá o início de sua aflição, pois ao nascer sua mãe falece por complicações durante o parto.
Desde então sofreu constantes humilhações de seu pai que a culpava pela morte da esposa que tanto amava.Com o passar dos anos crescem os aviltamentos e já moça passa a ser forçada a fazer todas as vontades do pai sendo mais uma serviçal do que uma filha. 
Acaba então a moça Sete Saias se relacionando com homens casados e ricos do povoado vendo ai sua única satisfação, as esposas traídas desejam o seu mal a ponto de desejarem apedrejá-la.
Mas até aqui não se fala por que ela recebeu este nome: Sete Saias.Segundo conta a lenda o motivo pelo qual tem este nome é que a moça tinha sete amantes. Assim, para cada amante ela usava respectivamente uma saia.
Estes amantes, enciumados entre si decidem trancá-la em um casebre afastado como modo de punição pela vida libertina que escolhera junto aos mesmos. É então obrigada a se alimentar de restos de vegetais que se encontravam no interior de seu cárcere... Com muito sufoco derrubou uma parede velha do casebre feito de madeira. Rastejando pela fraqueza encontrou uma estrada próxima e nela passava uma caravana de ciganos que a acolheram e
cuidaram dela. Tornando-se uma bela moça, que acabou casando com o filho do chefe do clã dos ciganos. Este filho tornou-se um homem muito rico, ele recebeu o título de barão e ela uma baronesa. E por vingança, queria voltar ao lugar que queriam apedrejá-la. O marido apaixonado e fiel fez a vontade da esposa, comprando o melhor e mais importante casarão daquele povoado. E assim, mandou convite a todos para um rico baile de máscaras, para apresentar a mais nova baronesa daqueles tempos. Sete Saias desceu as escadarias do rico salão com a sua bela máscara e um maravilhoso vestido. E todos os seus inimigos a aplaudiram e reverenciaram sem saber quem era a misteriosa mulher, que seria revelada somente no fim da festa. Ela chamou a todos ao centro do salão, ainda com a máscara, os convidados já totalmente bêbados, ela retirou a máscara, revelando-se a todos. Os inimigos indignados por ser ela a mais rica baronesa da região a qual deviam respeito, começaram a condená-la, principalmente o seu pai, que no impulso começou a cobrar carinhos que ele nunca teve a ela. E no soar de palmas, entraram-se empregados ao salão, carregando enormes barris de óleo. E os convidados achando-se que fazia parte da cerimônia, ficaram aguardando os servos despejarem o óleo por tudo enquanto Sete Saias e seu marido saíram escondidos, incendiando todo o espaço, matando e vingando-se assim, de todos os seus inimigos, parando em sua rica charrete para ver seus inimigos se incendiando.Suas últimas palavras aos seus inimigos foram: " livrarei vocês dos seus pecados com o fogo!" Beijando o seu esposo e seguindo a tua viagem.Ela morreu com seus 78 anos.


Pomba Gira Maria Quitéria

Essa pomba gira nasceu em 1624 no Reino de Portugal, em Lisboa. Como toda portuguesa, ela recebeu o primeiro nome de Maria e o segundo nome de Quitéria, em homenagem a Santa portuguesa. Ela foi criada por sua avó materna, pois sua mãe era viúva e enamorou-se do imediato de um navio mercante, seguindo com ele em viagem.Maria veio para o brasil e acomodou-se em Minas Gerais. Com 19 anos Maria teve seu primeiro filho na fazenda onde seu esposo trabalhava como capataz. Maria era uma moça prendada e sabia cuidar da casa e do marido com muito carinho e isso despertou olhares cobiçosos de outros jagunços da fazenda. Passaram dois anos de harmonia e paz, até que um dia José chegou em casa e encontrou Maria desacordada nos braços de outro, por uma armação. Ele não pensou duas vezes, matou-a com 7 tiros e atirou contra seu companheiro que fugiu porta afora. A criança foi entregue aos cuidados de uma família da fazenda.José viveu muitos anos infeliz e sem ninguém. Queria muito saber porque Maria fizera aquilo com ele. José foi atrás do farsante para que este contasse a verdade, ou tiraria sua vida ali mesmo. E este lhe contou:
> Sua mãe que não passava bem então Maria lhe preparou uma garrafada e alertou-o que o remédio causava um forte sono e por isso devia ser tomado somente a noite. No dia da tragédia ele pediu ajuda a Maria novamente, dessa vez dizendo que ele não se sentia bem.Maria serviu o chá aos dois e tomou-o para acompanhá-lo, mas não percebeu que o jagunço havia acrescentado ao chá o preparado. Ela sentiu diferença no gosto, mas não levou em consideração. Quando ela sentiu sonolência pediu ao jagunço licença, ele saiu e ela foi se deitar. Ele esperou até que ela dormisse e foi ter com ela... Maria até que começou a acordar, mas ele trancou sua respiração e ela desmaiou. Então, ele aproveitou para estuprá-la. Foi quando José chegou e ocorreu o fato.<
José ao ouvir essa história ficou desconsolado. Então, sua Maria era inocente!Então José levou o jagunço pra fora do armazém e lhe deu três tiros na cabeça. Depois desse crime, José evadiu-se de Minas Gerais e nunca mais foi visto. Maria, por sua vez, foi recolhida ao plano espiritual e pode enfim descansar. Após o tratamento e o refazimento, Maria passou a trabalhar na Linha das Almas, na Falange "Maria Quitéria". Maria sempre gostou da história de Santa Quitéria, porque assim como a sua, era uma história de dor, desejo e traição.
Esta pomba gira se trata de uma guardiã de fé, e é da mesma banda de Maria Padilha, é uma entidade muito forte que comanda uma falange muito grande de mulheres. A pomba gira Maria Navalhada é sua subordinada. Ela acompanha sete Exús e se apresenta sempre quando bem incorporada como uma mulher forte e sem rodeios e ao contrário do que muitos pensam, estas entidades apesar de serem muito sensuais, não costumam se insinuar a ninguém.A sensualidade faz parte da sua maneira de viver e é assim que elas se aproximam dos seus filhos de fé!
Para Maria Quitéria suas oferendas tem que sempre estarem impecáveis.É uma entidade muito exigente para com seus filhos e filhas, e também com aqueles que requerem sua ajuda.
A força energética de Maria Quitéria tem maior intensidade em trabalhos a serem executados com as Almas principalmente em Cemitérios e Montes, sendo quase sempre mensageira de Orixás como Iansã, Obá, e as vezes Ogum.
Caminhos
*Maria Quitéria das 7 Encruzilhadas;
*Maria Quitéria da Calunga;
*Maria Quitéria das Almas;
*Maria Quitéria da Campina;
*Maria Quitéria do Cruzeiro;
*Maria Quitéria da Figueira;
*Maria Quitéria dos Infernos;
*Maria Quitéria das Sete Catacumbas.
Características
Atuação:Encruzilhadas, mata, cruzeiros, cemitérios, Montes.
Amuletos: Navalha, taça, bijuterias, perfumes,batons, toalhas vermelha e preta, rosas vermelhas.
Bebida: Champanhes, Licores doces.
Fuma: Cigarros, Cigarrilhas longas, Cigarrilhas com piteiras.
Nome Cabalístico: Lamia.
Vela:Vermelha, Preta.
Guia: Vermelha, vermelha e preta.


Pomba Gira Dama da Noite

Carmem vagava pelas ruas sem saber para onde ir. Perdera os pais, quando tinha cinco anos, e fora morar com seus tios. Tratada como escrava por anos, nunca soube o sentido da palavra felicidade. Analfabeta, somente conhecia os segredos da cozinha e da limpeza que era obrigada a fazer diariamente. O assédio de seu primo tornara-se insuportável conforme crescia em formas e beleza. Tanto o rapaz insistiu que acabou levando-a para a cama, onde foram flagrados pela velha tia, que em nenhum momento duvidou da palavra do filho que acusava a moça de seduzi-lo dia após dia. De nada valeram os apelos e juras de inocência. Imediatamente foi posta na rua sem um tostão e apenas com a roupa do corpo. Agora estava ali perambulando por ruas que não conhecia em uma noite escura e com lágrimas correndo pelo belo rosto. Um homem aproximou-se dela: - O que faz uma moça tão bonita perdida por aqui? E porque chora? Desalentada, começou a falar tudo que havia se passado. Não tinha nada a perder. Quem sabe aquele rapaz não a ajudaria? Fora o único que mostrara interesse no seu drama. Após ouvir tudo ele disse: - Venha comigo, tenho um lugar para você ficar! Sem outra opção a jovem o seguiu. Entraram em um casarão escuro em que somente uma pequena luz bruxuleava. Uma senhora vestida e maquiada com extravagância para àquela hora da noite, atendeu-os prontamente: - Mais uma menina, Jorginho? De maneira brusca, o rapaz agarrou a mulher pelo braço e sussurrou-lhe: - Esta é minha, vou querer somente para mim! - Calma lá garotão! Se você pagar não vejo motivo para que não seja sua. A partir desse momento Carmem transformou-se em mais uma menina da famosa Madame Eglantine. A principio deitava-se com Jorge pela gratidão, aos poucos, porém foi tomando-se de amores pelo rapaz, que em pouco tempo enjoou do que tinha com facilidade. Depois de dois meses de amor incondicional, o rapaz procurou pela Madame e falou: - Já está na hora da garota fazer a vida, não tenho mais como pagar pela sua estadia aqui.
Eglantine sorriu com desdém, pois já sabia que o final seria esse, não era a primeira que passava por isso em sua casa. Ao ser informada de suas novas atribuições, a moça desesperou-se, chorou uma tarde inteira. Sem ter como fugir da situação, preparou-se para cumprir o combinado. Sentada no grande salão mal iluminado Carmem aguardava. Cada vez que uma das meninas subia acompanhada de alguém, ela suspirava de alivio por não ter sido escolhida. No entanto, quando já achava que estaria livre por aquela noite, Madame aparece com um senhor: - Querida, trate muito bem o Comendador Belizário, ele é prata da casa! Ao olhar o homem, sentiu o estômago revirar, ele podia ser seu avô! Eglantine percebeu e fixou um olhar gélido sobre ela: - Leve-o para seu quarto e faça tudo para agradá-lo. Com os pés pesados ela subiu as escadas que a levariam para o sacrifício, puxando o comendador pela mão. O velho fungava em sua nuca e ela tentava desviar do contato, ao sentir o hálito mal cheiroso, não resistiu, pediu que ele a soltasse e o empurrou com violência. Isso somente excitou mais o homem que agora literalmente babava em seu pescoço. Instintivamente agarrou a haste de bronze do abajur e desferiu com ódio na cabeça de Belizário. O sangue correu imediatamente manchando seu seio. Mas o velho não caiu, tomado de ira, apertou o pescoço da jovem até que, com os olhos vidrados, ela deu o último suspiro. Assustado pelo que fizera e com o sangue escorrendo pelo rosto, o comendador correu para as escadas onde tropeçou e rolou caindo morto no meio do salão de Madame Eglantine. Durante muitos anos o espírito de Carmem vagou por regiões escuras onde reviu e reviveu carmas e pecados de vidas anteriores. Amparada por linhas auxiliares começou seu trabalho de evolução espiritual utilizando a roupagem da Pomba-Gira Dama da Noite. Quem já se consultou com essa grande mulher sabe dos ótimos conselhos que ela sempre distribui entre sorrisos gentis e calorosos. Laroiê a Dama da Noite! Laroiê as Pomba-Giras!